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Gestão proativa de riscos como elemento de Governança Corporativa

Corporate Law

18 de setembro de 2023

A recente investigação da B3 a respeito das falhas de governança da Americanas serve como um lembrete vívido do papel crítico que a gestão proativa de riscos desempenha na proteção das organizações. Importante destacar que além do cumprimento da lei, as empresas de hoje devem abraçar a governança corporativa ética para proteger suas reputações e os interesses das partes interessadas.

A governança corporativa ética exige não apenas a adesão a padrões legais; trata-se de cultivar uma cultura de transparência, responsabilidade e integridade dentro das organizações. Essa cultura se estende a cada parte interessada, desde acionistas até funcionários e a comunidade em geral.

Riscos financeiros e operacionais espreitam a cada esquina, ameaçando a estabilidade das organizações. Esses riscos abrangem desde flutuações de mercado, mudanças regulatórias, equívocos financeiros até ineficiências operacionais. A identificação precoce e a gestão robusta desses riscos pode fazer a diferença entre prosperidade e catástrofe.

No caso da Americanas, falhas nos processos de identificação e gestão de riscos podem ter permitido que problemas ficassem sem solução ao longo do tempo, levando eventualmente a um escândalo. Caso confirmada essa hipótese, muitas dessas falhas poderiam ter sido evitadas por meio de uma mitigação proativa de riscos.

Para evitar este cenário, gestores e assessores externos podem trabalhar em conjunto para implantar alguns processos indispensáveis:

1. Avaliações de Riscos: Identificar e priorizar riscos é o primeiro passo. Assessores qualificados podem trabalhar em colaboração com os gestores na condução de avaliações detalhadas de riscos para ajudar as organizações a compreender as ameaças potenciais.

2. Verificações de Conformidade: Garantir que as empresas cumpram as normas em constante evolução é crucial. Consultores especializados podem ajudar gestores e organizações a se manterem um passo à frente em termos de informação e preparação.

3. Desenvolvimento de Políticas: Construir uma cultura de ética exige diretrizes e procedimentos bem definidos. Especialistas familiarizados com a cultura da empresa podem ajudar na elaboração de normas internas sob medida que estejam alinhadas com seus valores.

4. Treinamento e Orientação: Dotar os funcionários do conhecimento e das ferramentas para tomar decisões éticas é fundamental. Assessores jurídicos podem trabalhar em parceria com gestores em programas de treinamento em ética e integridade.

A governança corporativa ética começa com a gestão proativa de risco. Nos próximos artigos, aprofundaremos os papéis dos comitês de auditoria, transparência e conselheiros independentes no fortalecimento da governança corporativa ética.

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